quinta-feira, outubro 30, 2008

Tanto se fala na velha censura da época do Estado Novo! Estes novos políticos, armados em democratas de meia tigela... Assim como é bem ser-se de esquerda, também cai muito bem dizer-se mal do regime salazarista.E há de quem ouse louvar os tempos em que o respeito e a disciplina eram valores importantes.Em que a educação e o mérito eram mais importantes que o dinheiro.É um sacrilégio! Pois bem, indo contra aquilo que é políticamente correcto, tenho de soltar um grito de socorro e dizer" voltem os velhos tempos!" A censura era visivel e não mascarada como hoje, em que a comunicação social, os seus jornalistas e comentadores se vendem para escrever e dizer o que o governo quer. Os alunos só passavam se merecessem e tinham de se esforçar para o conseguir.E que eu saiba, ninguém ficou traumatizado por repetir um ano! Os filhos respeitavam os pais.Hoje, ao contrário, os filhos mandam nos pais. A solidariedade era um acto natural e não uma forma de se ter protagonismno. As figuras públicas eram aqueles que pelo seu mérito, tinham conseguido algo nas suas respectivas áreas, e não os que frequentam um jet set saloio, mundano e mesquinho.Nem futebolistas que ganham fortunas. Enfim, tenho saudades desse velho tempo, em que brincávamos nas ruas e nos quintais. Em que a televisão tinha um papel de entretenimento , mas também pedagógico. Em que pais e filhos partilhavam o mesmo lar em harmonia.Sabia-se lá o que eram "novas famílias" ou casais de homossexuais! Em que as classes profissionais e as instituições tinham dignidade. Em que ajudar o outro, ter um emprego ou ter tempo para tudo, era natural. Não se falava em stress, nem nos encharcavamos em ansiolíticos. Para conversar, era cara a cara, ou por carta e não por meio de chats.Para expressar ideias,era nas tertúlias nos cafés e não em blogs. Hoje a solidão é tão dura, que fugimos para um mundo virtual, como forma de nos escondermos da realidade. As imagens de violencia entram-nos pela casa dentro com tal vulgaridade, que nos tornámos insensíveis. E no fim, restam-nos as recordações e uma imensa saudade...

terça-feira, outubro 14, 2008

Numa altura em que se vive de propaganda, é bom ouvir alguém chamar as coisas pelos nomes e dizer as verdades que o país precisa ouvir.Foi o caso de Medina Carreira! Sempre frontal e lúcido, deve incomodar muitos que o ouçam. Sem papas na língua, afronta políticos e comunicação social. Aponta os maiores cancros da nossa sociedade, como é o caso da economia e da educação. E não deixa dúvidas de que andamos todos anestesiados com esta permanente propaganda a que somos sujeitos, feita pelos nossos políticos, com a ajuda da comunicação social e dos seus analistas políticos de encomenda. Quando percebermos que estamos a ser enganados, acho que já vai ser tarde para salvar o país. Um país onde não podemos confiar nas instituições, nem nos governantes. Em que a disciplina nas escolas passou a ser um alvo a abater, porque quem manda são os alunos!Em que o facilitismo impera nas avaliações!E vemos centenas de professores desesperados,a pedir a reforma antecipada. Vivemos de certificados e diplomas que não servem de nada! Gastamos dinheiro emprestado, no faz de conta permanente e em obras desnecessárias. Nos hospitais, para pagar os luxos dos seus administradores, corta-se nas despesas esssenciais com os doentes. Nos tribunais, adiam-se julgamentos levianamente, brincando com a vida das pessoas. Nas ruas e nas nossas casas sentimo-nos inseguros, enquanto os polícias se entretém com a caça à multa. O desemprego aumenta, num país que não produz.Tudo é importado, até os produtos mais básicos. E as contas têm de se pagar e os impostos também. Porém, diáriamente assistimos ao nosso primeiro ministro a fazer floreado da situação do país nas nossas televisões.Até parece que nem precisa trabalhar, tal é o tempo de antena. Um dia aparece nas escolas a distribuir computadores, no outro a falar de medidas sociais que o governo vai implementar.Ora são as creches que aumentam, ora são subsídios para as misericórdias... Enfim, já para não falar da insistencia no TGV e outra obras megalómanas, num país pobre e subdesenvolvido.Sem instrução, nem educação.... Onde é que vamos parar? Os nosso jovens licenciados ,com mais aptidões,emigram. Os séniores arrastam-se pelos cafés sem nada que fazer, porque a experiencia deixou de ser valorizada. Por aqui, enchem-se aqueles que alinham na corrupção e na vassalagem. E a mediocridade impera!